segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conversa em pararelo...

Boa tarde senhoras e senhores, amigos e visitantes curiosos (ehehe)

Sim, boa tarde...é estranho mas em semana de provas as coisas costumam mudar muito, os horários mudam, as horas de estudo também e uma forma de liberar a energia e as idéias acumuladas é escrever.

Hoje, em tempos de guerra ao crime na cidade maravilhosa (totalmente prevista no filme Tropa de Elite 2 - no ínicio do filme rola uma frase: Essa obra é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, nesse caso funciona como u presságio), a sociedade se mostrou mais uma vez capaz de evoluir.

A maioria dos leitores deve saber sobre minha compulsão por palavras, e deve conhecer meu jeito "pouco" falante sobre as coisas do cotidiano...
Era hora de começar a semana de trabalho, aquele começo preguiçoso de segunda feira, e no ponto de onibus DO NADA duas mulheres se reconheceram e praticaram a socialização. A conversa das duas não durou 10 minutos, mas com certeza elas se (re)conheceram muito bem.

As senhoras em questão possuiam algum déficit auditivo e oral (não quantitificar pois não sou especialista e não escutei uma palavra se quer). O fato é que no meio de tanto barulho, fones de ouvido e iPods, e iPhones e propagandas, aquelas mulheres conversaram totalmente desarmadas e expuseram a condição de "especiais".

Esse fato me tocou realmente, pois eu tento ser um ser social. Um elo pensante na sociedade e tento ser um difusor de pensamentos reprimidos ou felicidades esquecidas...descobri que tenho muitos preconceitos e estou extremamente fechado (como a maioria da socidade) ao conhecimento do próximo.

Aquelas pessoas, sem palavras, conseguiram estabelecer esse elo.

Recentemente assisti um filme (O grande debate) sobre os EUA após a guerra de secessão, e mostras os negros como excluídos da sociedade, vítimas de preconceito e violência que conseguem ascender socialmente através da palavra e da educação. A MINORIA acreditou que isso seria possível e hoje os EUA convivem (ainda que aos trancos e barrancos) monocromaticamente.

Essa situação do cotidiano me fez pensar na nossa abertura para a sociedade...me fez pensar na nossa VOZ na comunidade...me fez pensar que estamos cada vez mais fechados pessoalmente e mais abertos virtualmente em nossas redes sociais...
Sim, eu faço parte dessas redes...e reforço a idéia de que mais vale a amizade e o relacionamento no plano terrestre do que no plano VLAN.

Talvez nós tenhamos que aprender cada vez mais com a minoria social..aprender a nos unir e formar uma comunidade maior e mais forte. Erguer a voz em conjunto, por mais que essa voz seja transmitida por olhos e bocas tortas ou sorridentes.

Pratique o silêncio.
Pratique a sociedade.
Pratique a real relação humana.

Eu vou me esforçar para isso. Vou me esforçar para estar em paz comigo.

Me disseram que as atitudes falam mais que palavras. Hoje tive certeza disso.

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